segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Groselhas


Algumas pessoas me falaram que, assim como eu, nunca tinham visto groselhas frescas. Minha mãe achou que eu tivesse comprado aquele suco engarrafado e falou: argh! Por isso estou postando aqui as fotos das minhas, compradas ontem. São pouco maiores que bagos de romã e têm aquela mesma cor rubi, linda. E dão em cachos, como pequenas uvinhas em miniatura. O sabor é bem azedinho, como a maioria dessas berries. Acho que devem ficar lindas em decoração de bolos. Nesse momento as minhas estão se preparando para serem devoradas dentro de um frozen yogurt, cobertas por calda de chocolate!

domingo, 10 de dezembro de 2006

Passeio no Mercado


























































Hoje é domingo e eu, para aproveitar meu último final de semana em São Paulo, peguei o metrô e fui passear no Mercado Municipal da Cantareira. É um programa que sempre me deixa feliz, não sei bem por quê. Talvez por ver tanta gente, tanto colorido, tantos ingredientes diferentes estimulando meu apetite e minhas vontades. Há tantas frutas coloridas, queijões brilhantes, especiarias cheirosas, cortes de carne diferentes... Nessa época do ano então, uma maravilha; imperam castanhas, damascos e bacalhaus, oferecidos a uma gente ávida por reunir delícias e belezas na noite de Natal.
Para começar, comi um Pastel de Santa Clara no Empório Chiapetta. Depois dei uma passada na banca dos utensílios de ferro e alumínio, que sempre tem uma forma ou tacho interessantes. Depois fui olhar as novidades nas bancas de frutas, impressionante como sempre há uma qualidade da qual nunca ouvi falar. Dessa vez foi a pitaya, essa fruta vermelha da foto. Comprei uma caixinha de groselhas frescas para comer durante a semana e segui para as barracas de especiarias. Essas, dá para comprar sem medo para levar para Brasília, duram muito, pesam pouco e satisfazem a sede de novidades. Comprei meus preparados para comida indiana (também estou levando as receitas): garam masala, tandoori, curry já prontos, semente de erva-doce para fazer pão, preparado de especiarias para pão-de-mel (delícia de cheiro, né?) e lavanda seca para fazer saquinhos de sachê. Ainda dei mais uma volta na parte dos açougues, mas fiquei meio tristonha ao passar no Porco Feliz. Tantos porquinhos, tão pálidos, pendurados pelo focinho! Saí logo dali e fui admirar os presuntos Pata Nera expostos naquele suporte de madeira e aço que fazem charme nas mesas de antepastos de cantinas e restaurantes. Passeio dado, ainda entrei na casa de tecidos Niazi Chohfi da 25 de março, onde comprei um belo tecido para a toalha de mesa da ceia.

Tão boa essa época do ano, tudo fervilha! Não há quem fique imune: ou você entra no clima e começa a pensar na ceia, na decoração da festa, nos presentes e lembrancinhas - ou se deprime vendo a empolgação dos outros. Melhor mesmo é inventar alguma maneira de celebrar. Aconselho até aos mais ranzinzas uma caminhada pelo mercado (se tiver um tipo esse daqui, melhor ainda) e pelas ruas de comércio popular. Só o movimento do povo simples excitado para comprar suas bugigangas, o brilho das luzinhas e enfeites, a persistência e vontade de ganhar a vida dos ambulantes, vendendo Papais Noéis que se repetem aos montes a cada esquina, já são capazes de fazer a gente espantar o mau-humor e se sentir muito mais humano, muito mais participante do mundo, com muito mais vontade de festejar o Natal.

Mãos de Fada


Atenção cozinheiros e cozinheiras de plantão:
Descobri um creminho para as mãos maravilhoso, que consegue deixar qualquer um com mãos lisinhas e aveludadas. Ótima sugestão de presente de Natal para quem passou o ano todo colocando a mão "na massa". Elé é o Lipikar Xerand, do laboratório La Roche-Posay. É indicado para peles extremamente ressecadas e pode ser usado também em áreas ásperas do corpo, como joelhos e cotovelos. Quando se passa o creme, a pele fica oleosa por poucos minutos, mas se você tiver paciência de esperar um pouquinho, ele é logo completamente absorvido. Mesmo com a lavagem das mãos uma película do produto permanece na pele. Tem um discreto cheirinho de rosas e o resultado se percebe com poucas aplicações. Eu, que nunca consegui acabar pote de creme, estou quase no final do primeiro tubo. Uso sempre depois de lavar louça, antes de dormir e de sair de casa. O preço é razoável (cerca de 30 reais) e encontra-se em boas farmácias. Luvas de Silicone da Avon, quem usava era sua avó!

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

2o Post: Biscoito salgado

São Paulo é uma cidade cara. Todos dizem e eu tive a chance de constatar pessoalmente esse fato nesse ano em que aqui fiquei. Mas essa passou dos limites:
* Hoje chegou um e-mail na minha caixa anunciando um curso de biscoitos com temas natalinos que acontecerá na próxima semana. Fiquei toda animadinha para me inscrever, biscoitos decorados são lindos, a cara do Natal! Só que, quando fui olhar o preço, vejam só: DUZENTOS REAIS por uma aula. Minha santa, com duzentos reais eu compro um belo livro com muitas receitas de biscoito e ainda material para fazer umas dez fornadas deles. Posso queimar várias para testar que ainda saio no lucro! Ainda mais que a maioria deles são facílimos de fazer. No natal retrasado fiz um monte daqueles de amêndoas, em forma de estrelinhas, ficaram quase bons. Depois dessa, saí correndo para anotar as receitas que entraram recentemente no Rainhas do Lar e no Casa da Chris. Vou testar assim que encontrar um forno. Se alguém tiver uma receita especial ou já tiver feito alguma dessas que estão nos sites, por favor me indique, agradecerei de coração. E ainda despacho uma lata cheinha pelo correio para o(a) colaborador(a).


1o Post: Encontro Chucrute com Salsicha


O principal assunto de hoje é , claaaaaro, o almoço com as blogueiras culinaristas organizado pela Fer Guimarães Rosa. Apesar de eu ser nova no pedaço e desse blog nem ser propriamente culinário, não podia perder a oportunidade de conhecer, ao vivo e a cores, a querida Fer. Ela, que é dona do Chucrute com Salsicha, veio da Califórnia para passar apenas 15 dias aqui no Brasil. Se eu perdesse essa chance, quando é que teria outra novamente? E para não me arrepender de coisas que eu não faço, peguei o Trovão Azul e fui lá. Meio tímida, meio sem graça, porque não estou acostumada a essas situações, mas a surpresa não poderia ter sido melhor. Lá estavam 11 meninas muito divertidas, prendadas e interessantes. Ao contrário do que se pode pensar a respeito de encontros com internautas, ninguém parecia nerd, maluco ou pegajoso. Pelo contrário, tudo muito saudável, tudo muito cortês. A Fer, do jeitinho que eu tinha imaginado: cheia de simpatia e com aquela classe toda. Conseguiu, eu não sei como, dar uma atenção especial a todas as convidadas. Ainda levou Dona Odete e Leandra, que não têm blog mas não destoaram nem um pouco, estão por dentro de tudo. Muito finas. Com a Mariann eu não falei muito, pois meu inglês está pra lá de enferrujado - espero que ela tenha curtido a sonoridade da língua portuguesa. Cinara e Cris, com seus presentinhos meigos, conquistaram todo mundo. Sônia Novaes, a doçura em pessoa. Não ficou atrás a Karen, com seu jeitinho oriental mimoso. Já a Dani e a Dadi, pareciam já muito íntimas e amigas, as duas com aquela energia toda. E a Camila, que foi a primeira a me dar papo, também muito simpática e educada. É gostoso quando pessoas se encontram nesse clima de boa-vontade, favorecido por sabermos que temos tantos interesses em comum. Pessoas predispostas a receber bem umas às outras, pessoas predispostas a conhecer e a se deixar conhecer. Ainda mais nesse mundo de hoje, em que cada vez mais nos fechamos frente a tantos riscos e dificuldades. Foi mesmo super gostoso. E depois que cheguei em casa, já dei uma passeada pelos blogs e senti como é muito mais legal poder associar cada um deles a uma figura, de gente de verdade.
Bem, queridas, passei uma ótima tarde na companhia de vocês. E caso estejam decepcionadas com meu espaço, que ainda não contém uma receitinha mísera que seja, aguardem. Daqui a uma semana estarei voltando para meu fogão lá no Planalto Central. Um abraço a todas e até nossos próximos posts.
P.S.: Caso alguém tenha algo contra a foto publicada, me avise que eu retiro!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

A Frase do Dia

A frase de hoje não poderia ser outra:

"Comer e coçar, é só começar".

Beijos e até amanhã.

Mais Artes no Findi

Gente, agora eu me empolguei e tenho que contar o outro programa- cabeça que eu e o marido fizemos no último fim-de-semana de novembro. Não sei se vocês sabem, mas rola por aqui a XXVII Bienal de Artes Plásticas de São Paulo. Quando eu fazia faculdade, em Campinas, não perdia uma, achava um barato, super hype. Depois que eu terminei a faculdade, então com minha imaginação já bastante massacrada, passei a achar chato esse tipo de programa. Passeando pelo Ibirapuera com o marido, resolvemos entrar no Pavilhão, mais por insistência dele porque para mim nem valia a pena. No começo, achei as instalações bem esquisitas e fizemos aqueles velhos comentários: "ah, isso aqui eu também sei fazer" e "esses artistas devem fumar muita maconha mesmo para achar sentido numas viagens dessas". Porém, qual não foi a minha surpresa quando, aproximadamente após 40 minutos dentro do local, eu e ele nos pegamos achando graça, tentando descobrir o que as obras significavam, fotografando... Ou, num linguajar arteplastístico, INTERAGINDO!
Daí me veio a inspiração: talvez aí esteja a beleza da arte. Talvez ela seja importante para tirar a gente dessa vidinha tão arroz-com-feijão - casa, trabalho, trabalho, casa. A arte provoca sentimentos, não está compromissada com a razão. Aí a gente sonha e a cabeça passeia por lugares que talvez desconhecêssemos. Deve fazer bem, pois estimula o outro lado do cérebro (acho que o direito), tão renegadinho, coitado!
Se alguém teve a oportunidade de fazer algo parecido e quiser trocar uma idéia, pode escrever aqui. Prometo que respondo no blog. Aí abaixo, seguem uns cliques que fizemos.



Artes e Literatura



Gente, estou no meu quarto dia de blogueira e já me deparei com uma situação difícil: não sei o que escrever!!!!! Não que eu não tenha nada para dizer (esse ainda não é o caso), cheguei até a fazer uma listinha de assuntos sobre os quais discorrer aqui nesse espaço. O problema é que, dependendo do humor com que acordo, as coisas podem ficar mais fáceis ou difíceis. Hoje não estou nos meus dias mais animados, então peguei a tal listinha e fui procurarar um tema. Resultado: consegui descartar todos os assuntos que tinha achado tão legais um dia antes. Nada me pareceu importante a ponto de merecer ser lido por alguém. Afinal, será que alguém vai se interessar por um post sobre a livraria que visitei ontem ou o creminho para mãos que eu comprei há algum tempo e que achei tão bom? Acredito que esse seja um problema real para quem escreve livros ou para quem é colunista num jornal ou numa revista. Imagine que difícil deve ser escrever uma coluna semanal sempre interessante ( e não adianta ser só para o autor, tem que ter algum apelo universal, senão ninguém compra a revista ou pior que isso, ninguém lê!).
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Pensando nisso, lembrei-me de uma coisa super interessante que eu e o marido fizemos há 2 semanas, quando ele veio me visitar: fomos ao Museu da Língua Portuguesa. Gente, o museu é uma COISA!!!! Se você nunca foi, não perca. Se você mora longe, programe um feriado em Sampa e não deixe de incluir a visita a esse lugar. Não, não tem nada de chato, mesmo que você seja alérgico a museus. Para começar, ele é um museu baseado em efeitos e instalações áudio-visuais. É totalmente interativo. Há vídeos lindos com depoimentos de pessoas de várias partes do Brasil, há poesias sendo declamadas de uma forma que até o mais insensível vai se emocionar. E ainda é didático, dá para entender a mensagem que eles quiseram passar. Mas o ponto alto mesmo, na minha opinião, é a sala da exposição temporária Grande Sertão: Veredas. Parece uma instalação de Bienal, mas muito mais inteligível. O ambiente montado simula um sertão bem árido, com objetos em tons bege-amarelo-avermelhados. Tijolos, gravetos, areia, sacas, madeiras. No teto, muitas páginas do livro penduradas - você pode abaixá-las e lê-las. As frases de maior impacto do livro estão destacadas de várias formas na exposição: escritas nos objetos espalhados, dentro de latas d'água (e você lê através de um espelhinho igual àquele usado por Diadorim na minissérie da Globo), escondidas atrás de monóculos embutidos na parede. Uma frase que já tinha ouvido e que nem sabia que era do Guimarães é aquela: "Não sei de quase nada, mas desconfio de muita coisa". É o máximo, não? **********************************************************************************
Então, fica aí a sugestão. (Êêêêêba, consegui achar uma utilidade para esse mega-post). Eu mesma já me propus a ler o livro no próximo ano. Minha mãe, que se formou em Letras, sempre disse que esse é seu livro preferido, mas eu nunca havia tido coragem de lê-lo. Humm, literatura difícil, tô fora! E não é que agora eu já fiquei apaixonada por ele, morrendo de vontade de conhecer o que tem lá dentro? Fora que eu já vi uma edição comemorativa de 50 anos do livro na Livraria Cultura que é uma graça. Quem sabe eu não ganho de Natal?

Beijos e até amanhã!

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Mimos perfumados


A umas pernadas daqui do flat há uma lojinha muito simpática da La Façon. Eu já conhecia essa marca de cosméticos, que é revendida em alguns lugares lá em Brasília, mas nunca tinha comprado nada. Me parecia mais uma daquelas marcas cuja principal vantagem é ter embalagens bonitas. Entretanto, outro dia entrei na loja e não pude resistir a esses mimos que estão aí na foto: são aqueles saquinhos-sachê para colocar nas gavetas, da marca Antik. Há muito tempo andava procurando uns sachês para gaveta que fossem realmente eficientes, pois em geral só se encontram por aí aqueles de parafina, que perdem o cheiro rapidinho. Afinal, há algo mais gostoso do que abrir a porta do armário e sentir um aroma suave de perfume? E depois vestir aquela roupa limpinha e cheirosa? Eu simplesmente adoro. Minhas irmãs sempre diziam que meu armário na casa da mamãe tinha Cheiro de Lu. Não sei se isso é bom ou ruim, mas agora, tenho certeza, vai ter cheiro de flores...

A onda do mini-bolo

Recentemente fiz um curso de mini-bolos no Atelier Gourmand, uma escola de culinária que fica bem pertinho da minha casa temporária. A professora foi a Patrícia Schmidt, que eu já sabia que faz bolos lindos aqui em São Paulo. Adorei mexer com a tal da pasta americana e voltei para casa cheia de idéias. No último final de semana fui comprar o material básico para fazer os bolinhos e já estou levando tudo para Brasília. São mil quinquilharias, carimbinhos, moldes, formas, ferramentas. Espero que meu arsenal seja bastante usado nos próximos aniversários e datas festivas. Amigos queridos, aguardem o Natal para provar meus quitutes, que farão as vezes dos presentes que eu não poderei comprar neste ano de aperto financeiro. Isso se eles derem certo - no ano passado, foi a vez dos macarons, que ficaram murchos e feinhos. Mas tudo bem, eu sei que vocês entendem as minhas boas intenções, né?
O resultado da primeira tentativa vocês conferem aí abaixo. Beijos e até a próxima!

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006



Seja bem vindo!
Hoje estou iniciando o meu blog, o Mercado das Pulgas. Depois de tanto ler blogs e de ficar embasbacada com a criatividade de blogueiros e blogueiras, resolvi abrir um espaço para minha imaginação. Logo ela, coitada, que foi reprimida por tantos e tantos anos... Mas ela deseja se soltar e eu decidi dar asas à pobrezinha. No começo, vai voar baixo, mas espero que ganhe força com o tempo e que vá bem longe.
O nome do blog vem do francês Marché aux Puces. Sempre fiquei encabulada com esse nome que aparecia nas aulas de Francês e imaginava um monte de pulguinhas amestradas fazendo malabarismos em cima de um mini-picadeiro (de onde será que tirei essa idéia?). Depois descobri que um Mercado de Pulgas é um lugar onde se vende de tudo, de antiguidades a roupas usadas. E aqui vai ser assim: de tudo um pouco, para quem quiser comprar. Pode pagar com sorrisos, comentários, ou pode até pôr na conta. Aproveite que mamata assim não é todo dia! Um beijo a todos os meus amigos leitores.
(imagem emprestada da Vivi Hack)